segunda-feira, 14 de março de 2016

Cadê a paz?

Dá pra separar a vida sem discutir política?
Desde ontem me pego pensando muito nisso, muita gente discutindo sobre política nas redes sociais, nos trabalhos, nas ruas, nos transportes públicos.
Escutei tanta coisa, li tanta coisa e fico aqui meus questionamentos como cidadã: O mundo anda tão intolerante assim ou eu que virei intolerante e não percebi?

Me peguei lembrando de tantas e várias discussões que tive tanto pessoalmente quanto virtualmente e juro que tento compreender a ignorância alheia, ou melhor, o egoísmo alheio, porém é difícil. As pessoas estão cada vez mais difíceis, não sabem mais conversar. Tudo bem que você luta por melhorias da sua classe e esquece as outras classes, mas é tão difícil assim olhar e prestar atenção nas outras classes que você não luta?

Juro que tento entender o que faz a pessoa dizer que prefere que o país afunde de vez, votando em gente extremista.
Compreendo que nosso modelo de política atual está realmente impossível de sobreviver, porém acredito que independente de partidos, qualquer um que estivesse no poder também estaria do mesmo jeito. Não tinha como fugir, esse modelo político já vem dos anos anteriores e era previsível já toda essa corrupção desenfreada.

Posso dizer que o que mais me incomoda é a pessoa que ganha mais de 10k dizendo que é contra cotas, contra bolsa-família, contra enem, contra prouni, contra o minha casa minha vida. É que é difícil ver aquela pessoa da classe baixa estudando junto com seu filho não é? Difícil também saber que eles podem pagar por um iphone, por um mac, por um tenis da nike.

Não posso acreditar num país que está dividido entre ricos e pobres com tanta gente que tem potencial, que estudou, que tem acesso a informação continuar a disseminar tanto ódio, tanta revolta. e tudo desnecessariamente.
Posso não estar discorrendo esse texto com tanta organização de fatos, pensamentos e palavras para uma leitura mais compreensiva, pois meu intuito aqui não é um texto técnico, dissertativo, argumentativo ou jornalistico. Escrevo aqui como desabafo, apenas para mim ou para quem descobrir esse lugar que eu acho um tanto secreto. Minha batcaverna!

Não vou negar que de ontem pra hoje eu tenho me decepcionado com tanta coisa ruim que li e discuti. E o que está me dando mais agonia, é que pessoas as quais eu tenho muito convívio tenham pensamentos tão grotescos, autoritários e egoístas. Estou tentando praticar o deboismo da melhor forma possível, mas está ficando difícil pra mim, tenho vontade de sair correndo e não voltar nunca mais. Me isolar no meu único mundo que julgo perfeito. Onde todos respeitam os outros, com suas cores, suas orientações sexuais, gênero, musical, religioso. Difícil querer um mundo assim?
Pois é...difícil...


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Como sobreviver a uma segunda-feira depois de 5 domingos seguidos de carnaval?

Como sobreviver a uma segunda-feira depois de 5 domingos seguidos de carnaval? 
Me sinto como a protagonista daquele clipe do Groove Armada - My Friend 



Esse clipe descreve muito bem praticamente todo mundo aqui no meu trabalho. Aquele clima de ressaca, de lerdeza, todos quietos, alguns ainda agitados e outros contando as histórias das festas e viagens que fez. 
Uma dose de café pela manhã e mais 3 copos durante a tarde. Uma corrida até o mercado ao lado para comprar doces, energéticos e chocolates para dar aquela animada pra aguentar o tranco da tarde e o soninho pós-almoço. 

E então My Friend, Whenever I'm down
I call on you my friend
A helping hand you lend
In my time of need
Whenever I'm down
I call on you my friend,
I call on you my friend..


Água pra hidratar esse calor violento, um pantoprazol pra diminuir a queimação hardcore do estômago e uma música calma de canto de ouvido pra amenizar a dor de cabeça. 
Se há receitas para sobreviver essa segunda-feira de carnaval, que façam-se livros e guias. O mundo precisa saber de todas essas artimanhas.

Enquanto isso, nós por aqui estamos indo caminhando e tentando desvendar todas as possíveis maneiras de como não morrer nesse período carnavalesco de nosso delicioso e cobiçado país.

2016 começa agora e com ela muitas segundas virão com seus respectivos guias de sobrevivência. E assim vou indo caminhando até lá pra não morrer no meio da estrada.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Change of heart

 "Aqui estou eu
Exatamente como eu disse que estaria
Eu sou sua amiga
Exatamente como você pensa que deveria ser
Você pensou que eu iria ficar aqui e mentir,
Enquanto nosso momento estava passando por nós?"


Achei que estava ainda aqui, mas não estou mais.
Por que você sempre me empurra cada vez mais e ao mesmo tempo me puxa pra perto?
Não sei o que você quer, não sei o que você faz.

Perdi as contas de quantas vezes eu dei tchau pra você e perdi as contas de quantas vezes eu dei "olá de novo".
Estou cansada já dessas idas e vindas sem finalidade nenhuma, sem expectativa de nada.
Sua vida agora já não combina mais com a minha, já não conecta com a minha, já não está mais comigo.
Eu não sei porque me permiti perder tanto tempo com você.

O carinho que eu tinha depois de tantas idas e vindas, já está se perdendo nessa confusão toda.
Só sinto desgaste desse meio todo. Não sirvo para continuar essa coisa que nem sei como definir.
Felizmente você já não me machuca mais, já não me faz mal como fazia antigamente. Acho que aprendi a me blindar de você.
A hora de dar adeus de vez está caminhando para o seu desfecho e eu achava que não estava preparada, eu achava que estava sendo egoísta quando disse que não queria que você fosse embora. Mas agora eu sinto uma agonia dentro de mim pedindo para que tudo isso acabe logo e que você possa encontrar sua felicidade onde quer que ela esteja.
Nossa felicidade já incendiou, já transbordou e já acabou.

Um dia você irá entender e aprender a desapegar das coisas que te fazem mal, enquanto você ainda necessitar de continuar alimentando suas tristezas com pessoas que adoram te esmagar com os pés, eu vou ficar do lado de fora te olhando e esperando ver você aprender a levantar sozinho e a encarar todos os seus problemas que tanto gosta de fugir.

Espero que agora nós dois iremos aprender como seguir em frente em caminhos diferentes. Não o quero mais ao meu lado e nem quero mais por perto. Quero minha liberdade que você tanto agarrou de mim. 17 de março estará aí e até lá, me faça o favor de ir atrás da sua real felicidade e não de ilusões infantis com recheio de alimento de ego. Por fim, vire adulto de verdade.
Eu te amo e vou continuar te amando, mas infelizmente, não é nosso amor que vai sustentar nós dois.

Adeus.


sábado, 16 de janeiro de 2016

I'm so dumb...

Hoje eu quis ver o mundo explodir.
Hoje eu quis ver o sol queimar.
Hoje eu quis que minha cabeça parasse de doer.
Hoje eu quis me deitar...pra nunca mais levantar.

Por mais um único momento, eu queria ver, ver tudo que não posso ver. Sentir tudo que não posso sentir e tocar tudo que não posso tocar.

Por mais um minuto eu queria estar ali, não só ali, mas queria estar lá, pra bem longe de cá. Rodar quilômetros mundo a fora sem ninguém pra lembrar, sem ninguém pra olhar.

O mundo seria mais fácil de encarar se não houvessem vínculos por cada segundo que passa em todo o percurso da vida.

Queria poder desejar o sentimento de ser egoísta por mais uma única vez pra nunca mais senti-la. Para que talvez ela conseguisse fazer com que minha dor fosse embora de uma vez.

A dor do vazio.
A dor do vínculo.
A dor do se importar.
A dor...
Ah
Dor.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Happiness? Felicidade? Felicidad? Felicità? Xìngfú? Glück?

"When the fever’s set, the crowd is hot,
The gloves are off, the knives are out And you’re on your own''

 É praticamente a lei da vida é essa "você está por sua conta", traduzindo, você está sozinho. Você tem sua família, seus amigos, suas coisas, mas você continuará sozinho, por mais que você lute contra isso a realidade é essa. Estamos sempre nessa busca de preencher nossas vidas com coisas materiais, ilusórias, com outras pessoas, mas pessoas nunca vão preencher por completo. Pessoas preenchem momentos, sentimentos, caminhos e às vezes conforto.

A felicidade? É aquela coisa que se encontra no fim do caminho daquela corrida olímpica infinita que se dá mil voltas e tropeços para alcança-la. Muita gente desiste, muita gente alcança e muita gente nunca consegue chegar nela, nem muito menos senti-la.

Eu acho que nunca consegui alcançá-la, se alcancei talvez tenha escapado rapidamente pelas mãos. Penso todo dia no passado e em como eu seria se estivesse escolhido outros caminhos, será que talvez eu a alcançaria? Talvez sim, talvez não. Na minha vida eu não consigo nem enxergá-la pelo caminho e nem consigo imaginar como eu iria proceder se eu a pegasse. Me sinto o Coyote nessa corrida pela felicidade (e obviamente me fodendo), cujo eu ainda não sei os motivos de tê-la pra mim.



Hoje eu acordei com a dor de cabeça infernal. Fiquei três dias sem óculos, porque a armação do meu óculos quebrou, eu fiz uma gambiarra nele e segunda eu resolvi ir numa ótica e comprar uma armação nova, porém minha atual condição financeira não me permitiu que eu mandasse fazer lentes novas, como as minhas lentes são novas, eu comprei armação e mandei que colocassem as minhas lentes. E isso gerou esses  três dias sem enxergar ninguém na rua, no trabalho e uma irritação violenta que fiz o máximo que pude pra esconder isso de todos.
Agora já busquei meu óculos novo e a dor de cabeça e irritação ainda permanece. Bebi café, comi porcaria, dormi no banheiro do trabalho e joguei um pouco de água no rosto. Mas praticamente nada disso fez efeito, eu ainda estou irritada e com dor de cabeça.

Iniciei aqui uma tentativa de escrever algo sobre morte, apaguei. Depois tentei sobre minha condição de depressão nervosa, também apaguei. Por fim, iniciei um assunto de "como se foder em 3 dias", tentei iniciar como minha dependência com meu óculos afeta bastante em minha vida. Mas só consegui desenvolver o inicio deste post, sobre "Felicidade".

Não sei ainda como posso dizer dentre esses três assuntos aleatórios, se completam. Acho que o tema morte foi por uma lembrança que o facebook fez de uma postagem minha de alguns anos com essa imagem aqui:

E com o gatilho dessa imagem iniciei sobre meu problema com depressão nervosa  (que fui diagnosticada quando tinha 16 anos após uma série de trocas de escola, seguida de expulsão e um encontro inesperado com drogas e abuso de álcool), e como estava irritada, percebi que não estava com cabeça para escrever sobre isso, e ai iniciei um post desastroso sobre como ficar sem óculos por três dias fodeu minha vida, até chegar nesse aqui. 
E sim, confirmando, eu sou um turbilhão de ideias tortas dissimulantes que não sabe se expressar direito e tenta fazer isso da melhor forma possível, fazendo assim mais confusão em tudo. 

De fato, o que eu escrevo aqui é pra mim, se servir de algo pra alguém, fico feliz. Mas uso isso aqui como forma de tentar me expressar melhor, para que eu me entenda e para que quem passa por aqui tente me entender. Embora muitas vezes eu só faço cada vez mais confusão.



O ontem já foi, o hoje está caminhando e o amanhã? Ah, o amanhã é só mais uma chance de fazer merda e se arrepender depois. Uma chance de continuar correndo, tropeçando, se fodendo e levantando.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

E de repente...30!

Quando eu tinha uns 24 anos, eu trabalhava numa gráfica rápida fazendo convites de aniversários. Lembro de ter pego uma cliente extremamente exigente com seu convite de aniversário de 30 anos. O projeto que ela me trouxe foi bem complicado de se fazer, ele tinha um 30 na capa e recortado com vinco. Foi meio difícil de fazer, fiquei o dia todo ali, fazendo testes, olhando o acabamento e por fim entreguei os convites no final do dia.
No dia seguinte, ela devolveu, dizendo que a cor não estava do jeito que ela havia escolhido (na real, o tom clareou cerca de 0.2%), mas lá foi eu refazer os convites. Mas o foco aqui não são os convites, nem a cliente exigente e sim, meus pensamentos naquele ano "E quando eu fizer 30?".
Pois é, e cá estou, completo 30 anos no dia 21 de janeiro e naquele tempo eu não fazia ideia do que imaginar o que estaria fazendo com 30 anos. E pra falar a verdade, eu ainda continuo sem saber o que estou fazendo com minha vida :S


Lembro que na época eu pensei "nossa, eu acho que vou fazer uma festa temática, tipo anos 80, ou senhor dos anéis, ou star wars, vai ser divertido". Hoje, eu moro em São Paulo, meus melhores amigos e família moram em Brasília, meus pais e meu irmão em Natal e minha irmã no Rio de Janeiro, como vou fazer uma festa desse jeito? (sem contar a constante falta de dinheiro que ainda permanece)
Na época eu também pensei "Caramba, será que vou ter feito minha pós? Mestrado? Estar bem sucedida na minha área?" Não, não fiz ainda minha pós, sonho com o mestrado e ao que tudo indica, eu nunca vou ser bem sucedida na minha área, visto que meus empregos desde que me formei, não me possibilitaram criar expectativas para tal futuro sonhador.

E ai dizem que a vida começa aos 30, a maioria dos meus amigos próximos a minha idade moram com os pais (e eu acho isso ótimo), meu primo com 40 anos voltou pra casa dos pais, tenho uma amiga de 42 anos que só "casou" agora, conheço gente que respondeu pra mim "to com 45 anos e ainda estou esperando que a vida comece" outros me disseram "a vida só vai realmente começar depois dos 50" e muita gente diz pra mim "sua vida só vai começar depois que tiver filhos" (oi?)
Então analisei esses meus 30 anos, fui uma criança chata, uma adolescente irritante e agora uma adulta infeliz. É, provavelmente vai demorar pra vida começar pra mim ou ela já começou e eu não vi? o.O


Esses dias me empolguei com a possibilidade de trabalhar em navios cruzeiros, conversei com amigos da área, pesquisei várias agencias e eu vi um futuro legal trabalhando nesse lugar. Meu único problema vai ser, se eu não conseguir me adaptar, tanto ao ritmo de trabalho, quanto ao confinamento de no mínimo entre 6 ~9 meses diretão num navio, parando em alguns lugares por poucos dias.
A ideia me deixou bem empolgada, principalmente por ver que os salários são pagos em dólares ou em euros, porém descobri que a vida lá dentro é um verdadeiro trabalho ralado, 11h de trabalho, às vezes não tem folga e você está ali preso no seu local de trabalho por cerca de 6 meses e somente falando em inglês, espanhol e outras línguas (e lidando com todo tipo de gente feat serviço).
Então, me vi sim partindo pro incomunicável, visto que na maioria desses cruzeiros não tem wifi, nem sinal, mas ainda sim o que mais me deixa receosa de meter as caras nisso, é que eu realmente não sei se vou aguentar, mesmo eu já tendo passado por várias experiências e provas, nesses meus 30 anos.


Aí concluí, que nada me segura aqui em São Paulo, concluí que por mais que eu ame meu atual emprego, ele não me dá a possibilidade de conseguir fazer minha pós ou meu mestrado e concluí também que em 30 anos eu não fiz nem 10% do que eu quero fazer. E trabalhar num navio cruzeiro, talvez vá me proporcionar não só a melhora do meu inglês (que é desenrolável, porém ruinzão ainda) como também talvez vá me proporcionar a tão sonhada pós. Pode ser que eu venha a fazer pós daqui a uns 2,3 anos, mas será que até lá eu já vou estar querendo fazer isso como agora? Será que até lá eu vou estar "bem", como agora? Ou melhor, será que eu vou estar viva até lá?


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo!

A típica musiquinha que a gente mais escuta nessa época do ano (depois de Então é Natal e Ave Maria), mas não vou entrar nesses detalhes musicais. Na real eu estava sem ideias para por um título descente por aqui.

Hoje é dia 30 de Dezembro de 2015, estou no meu trabalho contando as horas pra almoçar viajar. Hoje vou pra Brasília, minha terra natal linda aproveitar ver os amigos e sair um pouco de São Paulo.
Meu irmão me falou uma coisa importante esses dias "você precisa sair da rota Brasilia-São Paulo, isso está te fazendo mal". Diante disso, procurei observar um pouco sobre o que ele quis dizer com isso.


Realmente, nos últimos 4 anos, eu tenho feito bastante essa rota, somente incluindo Rio de Janeiro por algumas vezes. Porém, estou aqui tentando absorver todas as vezes que viajei para que eu possa analisar se todas as vezes foram satisfatórias.

Completamente compreensível da parte do meu irmão falar sobre isso, afinal, eu era casada com um carioca em São Paulo, depois namorei um babacabrasiliense e volta e meia fico enrolada com algum paulistano. E entendo dele estar falando de sair dessa rota, acho que até ele já percebeu que eu não sei o que eu estou fazendo com minha vida.
Eu poderia citar todas as minhas conquistas que obtive esse ano, como terminei (até que enfim) mais outro curso, consegui um emprego do qual eu adoro e estou me dando super bem, conheci muitas pessoas legais e idiotas ao mesmo tempo, comprei livros e livros e livros, superei mágoas passadas, dei fim em "amizades" que me faziam muito mal e consegui correr com todos os projetos que eu tinha pra esse ano (não tinham muitos).


Esse ano também, eu briguei com muita gente, entrei em discussões pesadas que achei eram necessárias, fui em vários shows, comprei muitas coisas, fui em várias festas e baladas. Eu poderia dar nota 6 pra 2015, já que eu dei nota -5 pra 2014 e agora eu espero de verdade poder dar um 10 pra 2016, se assim ele me permitir.
Até o momento, meus planos convém em "METE AS CARAS NESSA VIDAÊ E NÃO SE ARREPENDA CARAIOWZ", mas sempre com os pés no chão.
Se eu tiver que cometer mais loucuras nessa vida, que eu cometa, antes me arrepender das coisas que fiz do que das que não fiz.

Feliz Ano Novo! :)