segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O último adeus...

Eu tenho andado em lugares perigosos, vagos
Fugindo de pessoas estranhas.
Eu estava no abismo, pronta pra deixar o vento me levar
E eu olhava as nuvens negras e o barulho da chuva caindo.
Era meu momento, a minha decisão, o meu destino...

Então eu percebi que lá no fim estava você
Com sua bermuda jeans, sua regata verde e seu chapéu claro
Era tão radiante, tão feliz, tão romantico...

Com seu olhar, suas palavras, seu jeito, seu sorriso, seu entusiasmo
Me fez seguir o abismo, mas não pra onde o vento levava
E sim para o seu caminho, para a sua saída...
Foi então que eu segurei sua mão e deixei apenas você me guiar e me levar
E tudo que eu fazia era te abraçar
Para onde você quisesse me levar....

Se eu pudesse criar um mundo só nosso
E então eu seria a sua garota perfeita, aquela que tem forças o bastante pra
Enfrentar todas as barreiras que você mesmo coloca, diante de todas as circunstâncias...
E tudo ia ser perfeito, e ficariamos juntos, somente eu e você...

Eu fui covarde, eu fui fraca, eu fui a mais idiota de ter ido embora
Sem ao menos explicar... explicar que eu sou fraca, que não aguentava mais essa situação
De dizer que você não me ama como eu amo você, de que tudo isso é apenas uma ilusão minha
E que por mais que eu diga que está "tudo bem" e eu deito todas as noites e choro pensando
Que tudo isso não é justo, que tudo isso é difícil, que eu preciso de você e que ME ODEIO
Por não poder fazer nada... nada... nada...

Então, diga pra mim que eu estou errada, grite comigo, manda eu parar...
Segure minha mão pra eu não seguir o vento desse abismo cujo eu voltei a ele
Eu conheço todas as dificuldades, todos os problemas, todos os problemas...
Mas eu não consigo mais fazer isso....não sozinha...eu espero estar errada...
Eu espero...

Eu tentei, eu acho que forcei (não sei)...
Acho que você está me achando patética, ás vezes eu acho que você está brincando comigo...
E se estava, parabéns, você me fez de idiota esse tempo todo
Mas eu realmente, espero estar errada...
E por favor, não deixa eu fazer isso...por favor..me traga de volta...

Você não sabe o quanto isso é dificil pra mim e se tudo que você disse é verdade
Pode ter certeza que eu sei que está sendo dificil pra você...
Mas se você puder me dar forças pra eu continuar
Pode ter certeza que eu nunca mais vo te deixar...

Mas se não...apenas diga que me ama e me deixe ir
Seguir esse vento sem direção...
Porque eu não tenho mais tempo, nem tenho mais forças e eu preciso de você pra continuar
Por favor, vamos tentar novamente...
Ou então, eu deixo aqui o último adeus...
E as últimas lágrimas que estou derrubando digitando tudo isso
E as que derrubarem por um longo tempo...

Por favor...não desista de mim, como eu desisti de você...
Me desculpe, me perdoe...mas você não faz idéia do quanto eu amo você
E o tanto que isso ta me fazendo sofrer...
Apenas..me perdoe...me desculpe....


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Não vejo nada o que me agrada...

Estou tão perto e ao mesmo tempo tão longe
Não tenho mais a necessidade da vontade
Nem um pingo de ânimo para as coisas ao meu redor
Não sei o que está havendo nem muito menos o conhecimento da questão

Porque tudo que eu sonhava desapareceu
Acordei numa chuva de verão, onde o frio e o calor se juntaram
E nisso eu vi que meu reflexo no chão era apenas um reflexo distorcido
Não vi pegadas, não vi a estrada, nem muito menos a roupa molhada

Sonhei que estava contigo, num abrigo, sentados olhando o mar
Não tinha sol, não chuva, não ar
Éramos apenas um casal sentado sob a areia sentindo o vento arrastando nossos cabelos
E tudo era tão mágico, tão normal...

E de repente tudo vira uma grande interrogação
E o labirinto cada vez mais enrolado e gigante
Não vejo nenhuma direção, nenhuma pista, nenhum borrão
Apenas o meu reflexo distorcido debaixo de uma chuva num céu escurecido

Não adianta dizer que ta tudo bem
Não adianta dizer que vai estar tudo bem
Não adianta dizer que só o tempo irá resolver
Eu não quero esperar, eu não sei se vou aguentar

Ás vezes acho que tudo que aconteceu foi ilusão minha
Foi apenas uma passagem da minha cabeça
Mais uma história criada por mim
Não sei se quero acreditar que a realidade existe
Ou que é uma forma além da minha imaginação

Numa estranha frase perfeita
Não quero acreditar que isso seja compreendido
Não tenho palavras pra compreensão
Nem muito menos quero escutar sons vividos de uma matéria imperfeita
Não quero...não sinto...não escuto...

Porque tudo gira em mim, sozinha...
Mesmo estando num rumo desconhecido onde tudo pode aparecer...
Mas não, é tudo sempre tão repetitivo, tudo sempre tão sozinho...
Tudo tão solitário...

Mas nada do que vejo me agrada, nada ao meu redor me compreende
E tudo que eu faço é apenas tentar que as pessoas enxerguem suas virtudes
Não tenho mais forças pra continuar, nem muito menos coração pra me apaixonar
Eu não tenho vida, eu não tenho sentimentos, eu não tenho sol
Eu não tenho o compreendo...

Não me dê a sua mão, não quero me levantar desse chão
Quero me afogar nessa sombra distorcida
Molhada pela chuva caída...