sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Não vejo nada o que me agrada...

Estou tão perto e ao mesmo tempo tão longe
Não tenho mais a necessidade da vontade
Nem um pingo de ânimo para as coisas ao meu redor
Não sei o que está havendo nem muito menos o conhecimento da questão

Porque tudo que eu sonhava desapareceu
Acordei numa chuva de verão, onde o frio e o calor se juntaram
E nisso eu vi que meu reflexo no chão era apenas um reflexo distorcido
Não vi pegadas, não vi a estrada, nem muito menos a roupa molhada

Sonhei que estava contigo, num abrigo, sentados olhando o mar
Não tinha sol, não chuva, não ar
Éramos apenas um casal sentado sob a areia sentindo o vento arrastando nossos cabelos
E tudo era tão mágico, tão normal...

E de repente tudo vira uma grande interrogação
E o labirinto cada vez mais enrolado e gigante
Não vejo nenhuma direção, nenhuma pista, nenhum borrão
Apenas o meu reflexo distorcido debaixo de uma chuva num céu escurecido

Não adianta dizer que ta tudo bem
Não adianta dizer que vai estar tudo bem
Não adianta dizer que só o tempo irá resolver
Eu não quero esperar, eu não sei se vou aguentar

Ás vezes acho que tudo que aconteceu foi ilusão minha
Foi apenas uma passagem da minha cabeça
Mais uma história criada por mim
Não sei se quero acreditar que a realidade existe
Ou que é uma forma além da minha imaginação

Numa estranha frase perfeita
Não quero acreditar que isso seja compreendido
Não tenho palavras pra compreensão
Nem muito menos quero escutar sons vividos de uma matéria imperfeita
Não quero...não sinto...não escuto...

Porque tudo gira em mim, sozinha...
Mesmo estando num rumo desconhecido onde tudo pode aparecer...
Mas não, é tudo sempre tão repetitivo, tudo sempre tão sozinho...
Tudo tão solitário...

Mas nada do que vejo me agrada, nada ao meu redor me compreende
E tudo que eu faço é apenas tentar que as pessoas enxerguem suas virtudes
Não tenho mais forças pra continuar, nem muito menos coração pra me apaixonar
Eu não tenho vida, eu não tenho sentimentos, eu não tenho sol
Eu não tenho o compreendo...

Não me dê a sua mão, não quero me levantar desse chão
Quero me afogar nessa sombra distorcida
Molhada pela chuva caída...

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